Madeira Petrificada: beleza, história e ciência por trás deste fóssil

De grande beleza e valor histórico, a Madeira Petrificada, também conhecida por Madeira Fossilizada, é uma pedra que há milhões de anos já foi uma árvore. Através do processo de fossilização, um pedaço do tronco uniu-se a elementos como sílica, cálcio ou pirita, transformando-se em pedra pela da ação do tempo e da natureza.

A madeira fóssil chega a datar cerca de 200 milhões de anos. Durante anos, as árvores foram caindo e sendo arrastadas pela água, onde nem bactéria poderia sobrevive, e foram enterradas por cinzas vulcânicas ricas em minerais. A água serviu como meio de transporte destes minerais que começaram a substituir sua estrutura original (celulose), por estruturas minerais, iniciando o processo de petrificação. Os troncos e ramos foram silicificados, ou seja, os componentes orgânicos foram pouco a pouco substituídos pelo silício sob forma de jaspe, de calcedônia, mais raramente de opala.

É muito comum que a madeira petrificada ou fossilizada seja encontrada em regiões vulcânicas, particularmente se uma erupção ocorreu na época em que a madeira foi soterrada. A maioria das jazidas se encontram nos Estados Unidos, na região do Arizona e também no Madagascar, na costa da África. No Brasil, é comum encontrá-las na região da Floresta Amazônica e em São Pedro do Sul e Mata, a 340 quilômetros de Porto Alegre, além de regiões em São Paulo, Tocantins e Ceará.

Extração e Comércio Proibidos

Vale ressaltar que por sua beleza e significado histórico e científico, o Brasil conta com legislação específica que proíbe a extração e o comércio de fósseis em seu território. A preservação dos vegetais é fundamental para a investigação de aspectos tafonômicos, morfológicos, anatômicos e ontogenéticos dos indivíduos, permitindo estudar a paleoecologia e evolução da paleoflora.